Luis Manuel Pinto da Silva nasceu em Azurém, Guimarães.

Fez Cursos Industriais, nas áreas de Electrícidade e Electrónica. Mais tarde, formou-se em Engenharia Electrotécnica. O percurso académico foi construído em paralelo com a atividade profissional: trabalho diurno, estudo noturno.

Filho de um analfabeto, aprendeu a ler e a escrever com o pai, quando comprava jornais com os principais acontecimentos que mobilizavam o país e a opinião pública mundial: caso das campanhas eleitorais do General Sem Medo e da execução do preso da cela da morte, 2455, Caryl Chessman, o Homem da Lanterna Vermelha.

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No intervalo do percurso profissional e académico, passou pelo exército e a guerra do ultramar, em Angola, de 1971 a 1974. Foram quatro anos de sonhos e juventudes perdidas das gerações de sessenta e setenta.

 

O gosto pela escrita e leitura começou com as leituras dos jornais do pai, os romances de cordel da mãe — que não deixou de ler quando fez o exame da segunda classe — e as cartas que escrevia a rogo dos analfabetos para os maridos e mulheres, separados pela distância, em busca de melhores condições de vida.

 

Profissionalmente, e sempre na área de electricidade, passou pela construção civil e contribuiu para a construção dos bairros de Lisboa: Olivais Sul e Norte, Estrada da Luz e Benfica. Antes de ser incorporado, ajudou a montar as primeiras bancadas de corte, desbaste e lapidação de diamantes, na extinta Dialap, hoje, RTP, onde trabalhou até 1984. Entrou para o quadro de pessoal do Banco de Portugal e saiu, pouco tempo depois, para trabalhar em Luanda, Angola. Entre outros trabalhos, esteve envolvido na construção da rede eléctrica, alojamentos e serviços sociais para os participantes da Conferência Ministerial do Movimento dos Países Não-Alinhados, realizada em Angola. Regressou ao Banco de Portugal, onde trabalhou até à reforma, no dia 1 de Abril de 2013.

 

Fez curso de escrita criativa como combatente, em Angola, durante dois anos de cartas quase diárias.

Alguns escritos foram encerrados no baú das memórias de ex-combatente. Mais tarde, já reformado, e por o bichinho da escrita não o ter abandonado, ao remexer nos velhos papéis picados pelas traças, achou piada, e perguntou-se:

De quem serão estes manuscritos?

Desde então, fez algumas tentativas de escrita de longo curso.

 

Dessa prática empírica, feita de experiência,  resultaram estes livros que agora entrego à justiça para serem sentenciados pelos eméritos Juízes Conselheiros da Leitura Suprema.

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Espero que dêem tanto prazer a ler como a mim de os fazer.

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